Dono do Bar do Erich argumenta com PM. Público reclama por que fiscalização não é rigorosa com outras casas noturnas. (Reprodução/Facebook) |
O rigor da fiscalização causa revolta entre os fãs das diversas vertentes do rock. Não se vê acontecer o mesmo com baladas onde tocam os estilos da moda. O sentimento é que frequentadores dos bares de rock estão sendo prejudicados por um jogo de interesses, que envolveria poder público e os empresários das cassas noturnas mais lucrativas. Mas nem todos os lugares que costumam organizar eventos com bandas têm condições de fazer isso. Então, assumem o risco de uma festa acabar antes da hora porque tentam ir além dos limites indicados nos documentos.
O Ahoy deve ser o primeiro nome lembrado quando se fala em rock em Blumenau, chegando ao exagero de ser chamado de “a casa” do estilo na cidade. O bar abre todos os finais de semana e precisa de dinheiro para manter a estrutura. Consequentemente, acabam tocando bandas que atraem mais público. Então, a programação, não só do Ahoy, mas de barzinhos (Butiquin Wollstein, Don Lucchesi, The Basement e Winchester) repete as mesmas bandas com repertório de covers de clássicos do rock (com algumas músicas próprias). Às vezes esse revezamento é quebrado com shows de bandas tributo ou independentes com certa fama na cena musical. (Repare na agenda que eu publico todas as semanas no Blumenews.)
Seguindo essa lógica profissional do mercado, muitos estilos ficam sem espaço. Metal, hard rock, punk, hardcore, grunge e entre outras vertentes, vão parar geralmente em lugares adaptados, sem estrutura, mas que cobram aluguéis mais baratos. Isso porque geralmente quem organiza esses eventos não ganha a vida como empresário de banda. São fãs que doam tempo e chegam a investir dinheiro do próprio bolso para que o público conheça bandas novas.
Saiba mais sobre a proibição de música ao vivo no Ahoy! aqui