Steel Warrior foi a única banda a tocar nas duas últimas edições. Festival não foi realizado durante quatro anos por falta de datas e locais disponíveis. |
Segundo um dos organizadores, Rafael Cidral, conhecido como Khamus, o festival serviu para mostrar o trabalho das bandas independentes. “Escolhemos bandas conhecidas e de diferentes estilos para o pessoal ter ideia como é a cena. Algumas pessoas não sabem que existe aqui, nem que as bandas são profissionais.” Outro objetivo foi tentar apagar a imagem ruim, “de drogado”, que os rockeiros da cidade têm. “Tu vê aqui pai brincando com a criança no meio da galera”, conta o organizador do evento. A intenção após a realização do festival deste ano é tentar inseri-lo no circuito cultural da cidade.
O Blumetal no Parque foi a quinta edição e fez parte das comemorações do aniversário de Blumenau. O festival aconteceu em 2005 (duas vezes), 2007 e 2008. A banda Steel Warrior foi a única que tocou na edição anterior e também neste domingo. Após o show, o vocalista André Tulipano (na foto à direita) comparou a organização dos dois eventos. “Já era bom e ficou ótimo, com cara de palco alternativo do desses festivais da Europa”, comentou, com a experiência de quem já se apresentou em Portugal, Bélgica e Alemanha.
Durante quatro anos o evento não foi realizado por falta de lugar e datas disponíveis. “Fazemos quando dá porque é caro. Todo festival o dinheiro vai todo pra pagar despesa”, revelou Khamus. A prefeitura colaborou permitindo realização do evento no parque. Através de um projeto, Fundação Cultural de Blumenau cuidou da parte burocrática e providenciou o pagamento do aluguel da estrutura do palco, entre outros custos. Além disso, músicos da cidade ajudaram com o equipamento de som.
Comércio do parque “riu litros”
O som pesado não mudou a rotina de quem vai ao Parque Ramiro Ruediger caminhar, praticar esportes, reunir-se com os amigos ou passear com a família. Os frequentadores até elogiaram o evento. “Eu nem gosto de rock, mas é sempre bom ter alguma coisa diferente”, disse uma adolescente. Além de não se incomodar, muitos frequentadores ficaram curiosos e pararam para ver, à distância, os shows.
Enquanto as bandas tocavam, o movimento também cresceu no bar dos clubes de caça e tiro, instalado dentro do parque. “Aumentou uns 1000%!”, respondeu sorrindo uma atendente, enquanto uma fila saía pela porta, ocupando um pedaço da pista de caminhada. Segundo a mesma funcionária, em dias normais são servidos cerca de 300 litros de chopp, em média. Essa quantidade representa 1.000 copos de 300 ml cada.
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