Da esquerda para direita: Cristiane Soethe, Moacir Pereira, Evandro de Assis e Alexandre Gonçalves. Evento discutiu a função dos jornalistas com a popularização da internet. (Divulgação/Assimvi) |
Segundo o professor de Jornalismo Digital no Instituto Blumenauense de Ensino Superior (Ibes), Béio Cardoso, foi justamente no ano da catástrofe climática que as mídias sociais ‘estouraram’ e o compartilhamento de conteúdo na internet aumentou, seja com a publicação de fotos em sites de relacionamento (como Orkut) ou a informação via Twitter de quem tinha sido resgatado. “Aí, na minha opinião, Blumenau começou a se ligar que o Twitter era um coisa importante.”
Para debater a função do jornalista com a popularização das mídias sociais, a Associação de Imprensa do Médio Vale do Itajaí (Assimvi), organizou um evento em maio deste ano no Instituto Blumenauense de Ensino Superior (Ibes). Cerca de 150 profissionais e estudantes de comunicação participaram do encontro com o Moacir Pereira (comentarista de política do Grupo RBS), Evandro de Assis (editor-executivo do Jornal de Santa Catarina) e Alexandre Gonçalves (editor de conteúdo).
A conclusão a que se chegou ao final do debate foi que, apesar da infinidade de pessoas que publica algo na internet (chamadas de “informantes” e “transmissores de notícias” durante o evento), não há garantia sobre a qualidade da informação divulgada. Por isso, jornalistas continuam importantes porque a credibilidade de seu trabalho vem da pesquisa e do compromisso ético em ouvir todas as partes envolvidas.
De hobby a responsabilidade jornalística
Embora não seja repórter profissional, Jaime se preocupa com garantir a credibilidade do que publica. “O que eu gosto de passar para os internautas do blog é a verdade do que eu vejo, sem sensacionalismo. Sou uma pessoa humilde e muito responsável e sei que estou levando o meu nome a público e tenho que ser responsável pelos meus atos. Faço um serviço que era apenas penas um hobby e que virou uma responsabilidade jornalística.”
No caso de reclamações da comunidade, como um buraco de rua, Jaime coloca no blog fotos de antes e depois que o problema é resolvido. Além disso, toma o cuidado de enviar o telefone de contato de pessoas responsáveis.
“A credibilidade que eu passo é que eu não tenho vínculo com política, empresas, imprensa, religião e outros. Sou independente e devo respeito aos meus internautas que acessam o blog e esperam de mim uma informação séria e com credibilidade. Eu vou nos eventos de livre e espontânea vontade com o intuito de buscar a notícia e nunca cobrei de ninguém este serviço.”
Para Béio Cardoso, o leitor do blog pode comprovar a qualidade da informação. “Se várias pessoas comentam que uma coisa está errada, aquilo perde a credibilidade. Então, as próprias pessoas que acessam o blog dele [Jaime], são as que vão fazer a supervisão do conteúdo.”
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