Página do vc repórter. Por aqui o cidadão comum pode enviar seu registro. (Reprodução/vc repórter/Portal Terra) |
De maneira resumida, chama-se jornalismo cidadão, colaborativo ou participativo a divulgação de informações na internet por pessoas comuns que testemunham fatos. Elas batem fotos, fazem vídeos e/ou escrevem textos sobre acontecimentos que jornais, revistas, emissoras de rádio e TV não cobrem.
Então, o material é geralmente enviado para espaços oferecidos em portais, como vc repórter e VC no G1 – em que o conteúdo passa pela avaliação de jornalistas profissionais – ou publicado em blogs. Esse tipo de participação do público aumentou com a popularização de câmeras de digitais – fotográficas, principalmente – e facilidade de acesso à internet.
“Os profissionais precisam da ajuda da comunidade para interagir e ter informações sobre o que está acontecendo nas cidades e onde muitas vezes um jornalista não está presente”, afirma Jaime, que mandava fotos para jornais da região de Blumenau e intensificou o trabalho depois da tragédia de 2008.
Há muitas dúvidas em relação à credibilidade e a qualidade do material enviado porque não é produzido por jornalistas profissionais, que teoricamente tem mais cuidado na apuração das informações. Mesmo assim, emissoras de TV atualmente pedem que os telespectadores enviem fotos e vídeos, também disponibilizando o contato da produção e outros meios de interação ao vivo entre apresentador e público.
Além dessas formas mais comuns de participação, Béio Cardoso, professor de Jornalismo Digital do Instituto Blumenauense de Ensino Superior (Ibes), cita que alguns jornalistas antecipam o assunto das pautas pelas redes sociais. Assim, o público pode colaborar sugerindo fontes e até com material. “Eu não pego mais um conteúdo, guardo às sete chaves e depois mostro. Muito pelo contrário. Eu pego a bandeira: ‘Vou falar sobre isso... Me ajudem!’”
Assim, como os cidadãos que registram os fatos, o professor do Ibes fala que os jornalistas devem aproveitar as oportunidades quando têm câmeras digitais, conexões de internet móvel, entre outras facilidades tecnológicas à disposição no momento. “Se tem um acidente e a pessoa é médica, a pessoa vai ali e ajuda o acidentado. Se você é jornalista e aconteceu um fato, você tem que documentar. Um profissional da área de jornalismo tem que entender que isso tá no DNA dele.”
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