Até um ano antes das próximas eleições – que vão acontecer
no dia 7 de outubro de 2012 –, partidos interessados em concorrer devem ter
seus registros aprovados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 4 de
outubro de 2011, o TSE confirmou a criação do Partido Pátria Livre (PPL).
PPL apoia Dilma, mas critica medidas tomadas pelo ministro Mantega. (Foto: Blog do Planalto/ Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)
Embora seja apoie oficialmente o governo Dilma Rousseff, o partido, foi um dos que reclamaram do reajuste do salário
mínimo no começo do ano. “Nós entendemos que ela [Dilma] poderia ter dado um
aumento maior. Inclusive mostramos os argumentos econômicos de que a economia
poderia suportar um salário mínimo maior. Ele tem que crescer para dar
condições de a família se desenvolver plenamente, com educação e saúde de
qualidade”, afirma o presidente do diretório municipal do PPL em Blumenau,
Adriano Mendes.
O Partido da Pátria Livre prevê que o Brasil
pode entrar em “uma recessão muito temerosa” se o governo não baixar os juros e
contiver tanto a desvalorização do dólar e a importação desenfreada. “O correto
seria investir na industrialização, no mercado interno, na geração de empregos
e, principalmente, na redução dos juros. Um país que investe no mercado
interno, como a China e a Índia, não sente a crise financeira”, explica Mendes.
Para o partido, o governo também pode incentivar a economia nacional com
financiamentos, através de bancos como BNDES e BRDE. Assim, “as empresas podem
investir em expansão dos seus serviços, do emprego e da economia”.
O Partido Pátria Livre (PPL) defende o monopólio estatal em
áreas consideradas estratégicas, como setor financeiro, combustíveis e
telecomunicações. “O governo não pode pensar em lucro. Tem que pensar no
bem-estar da população”, disse um dirigente do partido. Já o cientista político consultado
pela reportagem afirma que o Brasil não pode recusar investimentos estrangeiros
porque o dinheiro deve ser usado para melhor qualidade de vida da população.
Jovens
protestaram contra preços dos combustíveis em maio. A estatal Petrobras teria
sido importante para forçar a queda. (Foto: Jaime Batista da Silva)
Para Mendes, o setor de telecomunicações no Brasil “é um
desastre” porque telefonia fixa, móvel e transmissão de dados, por exemplo, são
caros, mas não têm qualidade – “a pior do mundo”. A privatização não teria
conseguido modernizar o setor. O presidente do PPL em Blumenau sugere que
alguma estatal poderia assumir o serviço de acesso à internet ou que uma
empresa fosse criada. “A Celesc sinalizou que é possível transmitir o sinal de
internet pelas linhas da energia elétrica. Então, só falta vontade e muito
trabalho. O acesso à internet é importante na educação dos jovens.”
O PPL também acredita que todo o sistema de ensino deva ser
público. Para o presidente municipal, o surgimento de faculdades “como se fosse
franquia de farmácia” não levou em conta a carência em algumas áreas. “A gente
vê o Brasil precisando de 25 mil engenheiros pra poder explorar o petróleo do Pré-Sal.
Então, é uma oportunidade para construir novas universidades e formar novos
profissionais nessa área.” Acompanhando a previsão de diminuição das reservas
de petróleo ao redor do mundo, o partido acredita que as Forças Armadas devam
estar preparadas para proteger o Pré-Sal e outros recursos naturais.
Segundo Adriano Mendes, economia e segurança nacional estão
relacionados. O fato de empresas nacionais (estatais ou privadas) controlarem
da infraestrutura assegura seu funcionamento. “Hoje se apertarem um botão em uma
empresa lá da Espanha, o Brasil fica sem celular. As grandes siderúrgicas não
são mais estatais e são importantes na construção de prédios, equipamentos,
automóveis e tudo mais”, disse o presidente municipal do PPL.
Dinheiro estrangeiro é importante para investimentos do
governo
Para Darlei de Andrade Dulesko, mestre em Ciências Sociais, “o
Brasil, como um grande exportador, não pode abrir mão do capital estrangeiro e
se fechar num estatismo, porque depende da entrada de capitais”. Segundo o
cientista social, a crise econômica na Europa e nos Estados Unidos está
direcionando investimentos internacionais para o Brasil, que deve aproveitar o
momento. “O desenvolvimento econômico é que vai gerar o desenvolvimento social.”
Dulesko entende que, em vez do inchaço da
máquina estatal, o governo deve usar o dinheiro para investir infraestrutura,
saúde, educação e segurança “para que todos os brasileiros possam usufruir
desse crescimento econômico sem ter que sustentar um aparato burocrático
corrupto e inoperante”.
Em 4 de outubro deste ano, o Brasil passou ter 29 partidos
políticos. O último a ter pedido de registro atendido pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) foi o Partido Pátria Livre (PPL). Para que organizações
semelhantes tenha o direito de participar das eleições, devem ter a confirmação
até um ano antes da disputa.
A meta do PPL é eleger em 2012 pelo menos 100 vereadores
pelo Brasil. “A gente entende que isso não é algo muito difícil de alcançar. A
nossa penetração no interior de São Paulo e na própria capital é muito grande”,
revela o presidente do diretório municipal do PPL em Blumenau, Adriano Mendes.
Apesar do otimismo, o partido entende que as eleições do ano que vem servirão
principalmente para “apresentar o partido à comunidade”. Segundo dados do TSE,
o PPL tem 101 filiados que podem se candidatar em Santa Catarina. Interessados
em concorrer devem entrar para algum partido até um ano antes da eleição. O PPL
também já planeja lançar candidatos a deputado em 2014.
“Trabalhamos o ano
inteiro, não apenas perto da eleição. Discutimos questões do Brasil através do jornal Hora do Povo, por exemplo, em
nossas atividades nas entidades sindicais, estudantis, dentro do partido, na
comunidade em geral e onde mais nossos militantes participem”, explica Mendes,
respondendo á críticas de que são “só mais um partido”.
Para Darlei de Andrade Dulesko, mestre em
Ciências Sociais, “a criação de mais uma partido nanico” servirá apenas para
negociar cargos em estatais e alianças em períodos eleitorais. “O sistema
político brasileiro precisa de uma reforma. Temos que pensar em outros
mecanismos de representatividade, como o voto distrital, por exemplo.”
Mesmo sem existir oficialmente em 2010, o partido apoiou a
então candidata Dilma Rousseff (PT) nas eleições presidenciais. “A companheira
Dilma, embora não seja do nosso partido, demonstrou coerência no que o governo Lula
fazia”, disse o presidente do diretório municipal do PPL, Adriano Mendes. “O
presidente Lula mudou o Brasil de rota”, diz o militante, lembrando as
privatizações do governo FHC, a situação dos programas sociais e a criação de
novas universidades federais a partir de 2003. “O Brasil também conquistou
respeito e posições importantes. Receber a Copa do Mundo foi o grande prêmio
que o Brasil recebeu nesses oito anos de governo Lula. Descobriram que a
capital do Brasil não é Buenos Aires que [o país] não só exporta.”
Relação com o PMDB
Adriano Mendes: "Não tínhamos espaço dentro do PMDB"
O Partido Pátria Livre (PPL) foi fundado em 21 de abril de
2009 por militantes do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8), grupo que
atuou na luta armada contra a Ditadura Militar. Com a redemocratização, os
membros do MR8 passaram a integrar o Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB). O presidente do diretório municipal do PPL em Blumenau,
Adriano Mendes, nega que tenha havido uma saída em bloco. “Temos muitos
companheiros oriundos do PSB e do PDT, por exemplo”, revela.
Segundo Mendes – ele mesmo um dos ex-peemedebistas da nova
sigla −, os militantes do MR8 tinham dificuldade em se expressar dentro do PMDB. “Sempre
a nossa opinião tinha que passar por um filtro. O nome Partido Pátria Livre expressa
tudo o que a gente quis dizer. Agora a gente vai poder falar o que a gente
realmente quer, sem filtro.” Apesar das dificuldades, os ‘defensores da pátria
livre’ afirmam que não saíram brigados. “Nós não saímos como oposição ou dissidência
ao PMDB. Ele é primeiro partido que temos na pauta para conversar.”
O presidente do diretório municipal de Blumenau revela que os
integrantes do PPL se sentiam incomodados com as diferentes maneiras como o
PMDB atua nos estados – ora apoiando ideias de esquerda, ora se unindo à
direita. “Se tu pegar o estatuto, [vai ver que] o pensamento do PMDB em relação
ao Brasil é muito parecido com o nosso. O PMDB defende as empresas nacionais e
o Brasil com essa visão nacionalista de defender o seu povo.”
Adriano Mendes acusa peemedebistas de ir contra
o próprio programa do PMDB quando o partido participou da chapa de José Serra
(PSDB) em 2006, quando Rita Camata foi candidata à vice. “Nós cumpríamos o
programa do PMDB. Podemos dizer que éramos a direita do PMDB porque defendíamos
com afinco o programa!”, explica Mendes, terminado em tom de brincadeira.
Espera
até o feriado para descansar! De sábado (12) até segunda (14), são muitas as
opções de lazer para quem não vai sair de Blumenau. Destaque para o festival de
covers no Porão do Rock, o show internacional com The Blank Tapes no Ahoy e o
samba de raiz no Butiquin Wollstein com a Confraria do Samba. Confira a lista
completa:
12/11
– SÁBADO
Ahoy! Tavern Club
O
que um personagem muito inteligente e cheio de manias de uma série de TV tem em
comum com uma banda de rock alternativo?
Eles não são populares. Se você é um dos poucos (e bons?) fãs do estilo musical,
ir ao Ahoy é a dica a partir das 22h.
O público poderá cantar músicas dos anos 80, 90 e 2000 – Killers, Weezer,
Coldplay, Smashing Pumpkins, Strokes e Los Hermanos – com a banda Os Sheldons. Ingressos antecipados a R$ 8
nas lojas Be Bop Discos e Palladium
Laser. Na hora, R$ 12.
Nada
como um ritmo que é uma das marcas brasileiras no exterior para comemorar
antecipadamente o feriado nacional. Hoje, a partir das 22h30, a Confraria do Samba
toca o melhor do samba de raiz na
rua Floriano Peixoto. O couvert
artístico custa R$ 15.
Formada
este ano, a banda Rockanza chega
para interpretar um repertório rock variado
– destaque para Led Zeppelin, Foo Fighters, Creedence, Rita Lee, TNT, Barão
Vermelho e AC/DC. Antes, a apresentação em voz
e violão de Josiel abre a noite com
pop/rock e MPB. A entrada custa R$ 20, sendo que R$ 12 são revertidos em consumação.
Para
quem ficou em Blumenau neste feriadão ou não consegue ver suas bandas favoritas
de perto, hoje é dia de largar o CD ou os MP3s e ter uma noção de como fica sua
música favorita ao vivo. A partir das 20h,
o Porão recebe sete bandas para a Coverfest:
Até 22h, ingressos na
hora
por R$ 7. O valor sobe para R$ 10 depois desse horário. Haverá sorteio de uma tatuagem no valor de R$ 150.
Mais informações:
Porão do Rock (Bar da
Digitaltec): Rua 7 de Setembro, 910, entrada ao lado do banco Santander, esquina
com a Capitão Euclides de Castro, próxima ao Hotel Glória. Veja o mapa aqui.
Banda
Sphera, de São José (SC), tocando Slipknot
13/11
– DOMINGO
Ahoy! Tavern Club
Elogiado
pela revista Rolling Stone americana, o californiano Matt Adams chega a
Blumenau com seu projeto The Blank Tapes.
Compositor de mais de 300 músicas, Adams já gravou seis álbuns, em sete anos de
carreira. Rotulado como folk, suas músicas às vezes lembram Beatles ou Jack Johnson. Ingressos antecipados a R$ 10
nas lojas Be BopDiscos e Palladium Laser. O bar abre às 19h
e costuma cobrar na hora R$ 15 em
eventos semelhantes.
Em turnê pelo Brasil, The Blank Tapes se apresentou
em Ribeirão
Preto (SP) há duas semanas.
14/11
- SEGUNDA (Véspera de Feriado)
Ahoy! Tavern Club
Atendendo
a pedidos, o DJ Miro Pavi volta ao Ahoy para o 2º Bailinho Elétrico. A partir das 22h, Miro e Léo Biz tiram clássicos
do rock nacional e internacional direto dos vinis para fazer a galera
dançar. Ingressos a R$ 8. Com bônus ounome na lista, R$ 5. Para isso, mande um e-mail para contato@ahoyblumenau.com.br até às 19h30 ou retire
seu bônus nas lojas Be Bop Discos e
Palladium Laser.
A
banda M.A.Y. despluga e chega para
fazer a trilha sonora a partir das 22h
deste sábado. O repertório vai desde pop/rock
nacional (Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Nenhum de Nós, Legião
Urbana, Barão Vermelho, Raul Seixas, entre outras), passando por grandes nomesinternacionais de diversas vertentes do rock (Pink Floyd, The Calling, Green Day, Kiss, The Police, REM e
Creedence Clearwater Revival) e até composições
próprias.
Feriado
prolongado começa nesta sexta (11) com muitas sensações. Dependendo da escolha,
ela varia entre estar fora da lei e viajar no tempo, passando pela paz e
clima de praia. Sinta-se à vontade para escolher uma das opções da lista:
Ahoy! Tavern Club
Não
se espante ao ver esse quarteto de terno, gravata, sapato e chapéu andando por
aí com estojos. Eles realmente carregam instrumentos! Mais do que isso, a banda
Máfia S/A usa o blues, o pop rock e o rock ‘n’ roll para sumir com o tédio. Na
lista, músicas próprias e interpretações de artistas como Elvis, Barão
Vermelho, Beatles, Creedence, Rolling Stones, Rita Lee, Led Zeppelin e B. B.
King. Se preferir pagar adiantado
pelo “serviço”, o valor é R$ 8, a
ser entregue na Be Bop Discos ou na Palladium Laser. Na hora, costuma sair por R$
10. O bar abre às 22h.
De
Itajaí, a banda Headcutters faz o
caminho inverso da maioria dos blumenauenses para trazer um pouco do blues dos anos 1940 e 50. Com certeza, você ouvirá a melodia e se sentirá tentado
a entrar. Para disfrutar dessa passagem no tempo, o bar cobra couvert artístico de R$ 15. A música começa às 22h30.
A
partir das 23h, a dupla Sweet Revenge incorpora o estilo dos
anos 60 e 70 para homenagear Janis
Joplin. O blues da banda Mistura Fina fecha a noite. A entrada custa R$ 20, sendo que R$ 12 são revertidos
em consumação.
Sol
e calor são convites para ir à praia, ainda mais no começo de um feriado
prolongado. Se você ficar na cidade, pode curtir mesmo assim o pop reggae da banda Maskavo, fazendo você se sentir à beira
do mar. A abertura fica por conta do DJ residente Rob Junior. Depois dos
brasilienses chega o pop rock da Banda Dkalke. A festa começa às 22h.
Em
Blumenau, ingressos antecipados a R$ 30 na loja Palladium Laser e no posto
Bela Jóia. Se sobrar, a entrada vai custar R$ 50 na hora.
Direto
de Curitiba, Legião Urbana cover
promete fazer você cantar os sucessos de uma das bandas mais admiradas do
Brasil e que ainda conquista fãs, mesmo após 15 anos do fim. Consulte o bar para saber o valor do couvert artístico. A apresentação
começa às 22h.